Estimação

Temos medos maiores do que nós mesmos;
E nem sempre sabemos o que fazer com eles.
Guardamos fantasmas embaixo do travesseiro e vez ou outra eles saem de lá e vem para o mundo dar uma volta conosco. Nos acompanham, por vezes o dia todo, por vezes só parte do dia. Os cultivamos, alimentamos, os fortalecemos.
Quando eles se vão, vamos atrás e os trazemos de volta.
Por que nem sempre conseguimos deixá-los ir?
Você consegue saber o motivo de manter os seus fantasmas por perto?
Pois há uma guerra interna na minha cabeça, me fazendo refletir sobre os motivos de trazer os meus fantasmas amarrados aos meus pés.

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Foto: Raquel Núbia – Lagoa FCV, Muriaé/MG

Raquel Núbia

13 respostas para “Estimação”

  1. Oi Raquel!

    Tenho procurado entender a produção dos meus pensamentos sobre mim e nesse processo de observação as vezes me deparo com uns tipos de idéias tão ruins a meu respeito que me questiono, como posso me permitir tem um pensamento tão deprecriativo sobre mim e esperar que meu corpo encontre auto estima e vontade de melhorar a minha qualidade de vida!

    Não é contraditório nossos pensamentos produzirem tanta carga negativa para o nosso corpo, sendo que ele – pensamento- depende do bem estar do nosso corpo para poder se sentir livre. Não é mesmo?

    Um corpo doente, não produz pensamentos saudáveis. Tanto quanto se os pensamentos forem envenenados, veremos no corpo seus efeitos. Não é assim que acontece a depressão?

    Fico sempre na dúvida de o porque que mesmo tendo a opção de pensarmos o bem e sobre o bem, qualquer nuvenzinha de maus pensamentos nos assombra, desestabiliza e fica.
    Mesmo quando temos certeza de que não merecemos aquele tipo de pensamento.
    Não lhe parece meio que uma
    auto-sabotagem?

    Gostei de ler o seu texto.

    Que seu coração se encha de alegria, sempre!

    Beijo.

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    1. Gostei muito do seu comentário!
      O pensamento tem sim grande influência sobre nosso corpo e seu funcionamento. Nossa mente é muito poderosa e essa força pode ser usada para o bem ou para “o mal”, tudo vai depender do que ela produzir. Penso até mesmo que um corpo doente é capaz de gerar pensamentos saudáveis, mas uma mente adoecida certamente adoecerá o corpo e, ainda que não o faça, como você mesmo diz, ela pode atuar como um veneno e contaminar nossos sentimentos, a forma como interagimos com o outro e o que pensamos de nós mesmos e de quem nos cerca.
      Apesar de ser um termo que muitas pessoas usam fora de contexto, você soube muito bem colocar a “auto-sabotagem”, pois falando claramente, ela nada mais é do que nós mesmos nos voltando contra nossos “sucessos”.
      Evidente que fazemos isso de forma a não perceber!
      E você, pelo que escreveu, já percebeu que pode estar fazendo isso: Primeiro passo dado.
      Nós temos os caminhos para nos libertarmos desses fantasmas que carregamos, essa semana mesmo postei uma crônica que falava dessa libertação e, engraçado você comentar justo no texto “estimação”, porque o que publiquei na terça é justamente um fechamento para ele.
      O que precisamos é encontrar as ferramentas certas. Muitas vezes para isso precisamos de terapia, ela nos fortalece muito e pode nos auxiliar a desanuviar nossos pensamentos, colocando-os em ordem.
      Precisamos pensar sobre o pensar!

      Também gostei muito do seu blog.
      Li quase todos os textos no dia em que o visitei. Os relatos do seus encontros são muito bacanas!

      Volte sempre.

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