“Sobre a liberdade de não se importar
“A gente sabe que superou quando lembra e não sente mais dor”.
Já li e ouvi isso algumas vezes… Tenho certeza de que vocês, leitores, também já devem conhecer essas palavras e hoje elas vieram soprar nos meus ouvidos.
Eu faria uma pequena modificação:
“A gente sabe que superou quando lembra e não sente mais”.
Sim, porque às vezes o que sentimos antes da superação não é dor. Pode ser muito mais e muito menos do que isso. Pode ser pena, raiva, decepção, remorso, ódio, saudade… E, ao meu ver, quando não sentimos mais nada, aí sim está a conclusão.
Isso se aplica a qualquer coisa e não somente a relacionamentos amorosos. Acho curioso como algumas pessoas tendem a reduzir tudo ao amor romântico em detrimento de tantas outras formas de relação, profundas ou não.
Minhas superações mais significantes nos últimos tempos em nada tem a ver com romance, mas sim com amizades e projeções de terceiros sobre mim.
Quantas vezes já cuspi palavras na folha de papel por não poder cuspir em quem me despertava tanta ira! E hoje, depois do tempo passado, me sinto confortável e em paz por não me deixar provocar mais esse tipo de reação.
Isso não significa que retomei laços, fiz as pazes ou esqueci o que me fizeram. De forma alguma.
Isso significa que hoje não me importo mais. Significa que as ações dessas pessoas no passado e no presente não me dizem mais nenhum respeito e não me despertam nem mais curiosidade.
Então você pode se questionar “mas porque ainda fala sobre isso?” e eu respondo: Porque sou livre. E essa liberdade vem justamente de não me sentir dominar por nenhuma dessas experiências que citei acima. Sendo livre, eu domino e escolho como reagir. Livre, verbalizo o que quiser sem ser influenciada por isso. Essa liberdade me trouxe a irrelevância dos fatos e meu tamanho frente a eles.
Sendo assim, não há porque evitar, esconder, silenciar, pois guardo meu silêncio para o que ainda tem espaço dentro de mim e que me requer reflexão e elaboração.
Sim… Ainda existem itens não superados e tudo bem!
O que aprendi com as vivências passadas já me auxilia muito nos dias de hoje.
Eu não visto mais a carapuça que fizeram pra mim e não caio mais nas armadilhas daqueles que conheceram minhas fraquezas para tentarem ser mais fortes do que eu.
Sinto muito em dizer, vocês fracassaram.
E hoje não preciso mais afundar a caneta nas linhas brancas do caderno para liberar a poluição de sentimentos que me fizeram experimentar.
Não.
Hoje são palavras pensadas, palavras calmas… Daquela calma que somente a falta do sentimento pode nos dar.”
Raquel Núbia
Lindo. Parabéns
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Muito obrigada pela devolutiva. Volte sempre!
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Raquel,
Tô aqui relendo esse texto.
Gosto bastante.
=).
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Olá!
Fico feliz com sua visita, ainda mais por saber que veio para reler algo de que gostou.
Também gosto muito dessa crônica… Gosto do blog inteiro, mas sempre temos nossos favoritos, não é?
Abraço!
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Simm,
Tem uns textos que ficam “mais a gente”, parece …
Esse me parece você se livrando de um jeito de ser que lhe trazia muita fadiga.
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Ô!
E se trazia… na verdade, vez ou outra ainda traz… mas vence a maioria do tempo e a soberania do sentimento de tranquilidade, então tá valendo.
Abraço!
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Gostei bastante.
Abraço.
=).
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Muito bem escrito e concordo sem colocar nem pôr. Parabéns!
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Obrigada!
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É um da queles textos grandes, que ficamos pensando nele por horas em dias na vida toda.
Parabéns pelo excelente blog.
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Obrigada!
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