Tô triste num tanto que tudo é tristeza.
Balanço num bote de banal beleza.
Me movo num mundo que manda em mim
e sinto essa sede de sentir sem fim
Tô triste num tanto que tudo é tinhoso.
Recolho risos rápidos num ritmo horroroso.
Vejo vindo vagando um vislumbre viril,
Dos dias de dor deixados, um ardil.
Tô triste num tanto que tudo é trabalho.
Cansaço, carência, coração em cangalhos.
Navegando na nuvem de névoa e negação.
Deixando as dores da dura decepção.
Tô triste num tanto que tudo é torpor.
Pesando no peito um pesadelo, um pavor.
Fazendo folia pra se fazer de forte.
Sabendo sutilmente que quem sabe é a sorte.
Tô triste um tanto…
Raquel Núbia

Magnífico poema… Maravilhoso…
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Obrigada!
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