No equilíbrio há um lugar sempre vazio.
Que quem escolhe e consegue faz morada.
Se manter lá é quase sempre um desafio,
Para uma vida que segue descontrolada.
Quem nunca chega a encontrar esse lugar,
Na corda bamba leva os dias se apoiando.
De extremo ao outro vai e se deixa levar,
E quando pensa estar indo, vem voltando.
E tão distante desse lugar tão perfeito,
O meio termo passa longe de existir.
É destempero o nome dado a esse jeito,
De quem não coloca limites ao sentir.
E qualquer ser seguindo na destemperança,
Hora ou outra esbarra em quem está ao redor.
Da explosão, logo volta a bonança,
Mas os estilhaços causam dano maior.
Qual a sorte daquele que vive desesperado,
Por não possuir o controle em sua mão?
Que quando nota já se perdeu descontrolado,
Causa mal ao corpo, alma e coração…
Quem dera houvesse um escudo a proteger,
Do destempero dos aflitos, o feliz.
Pois nem sempre há como se proteger,
De toda explosão que sempre deixa cicatriz.
Raquel Núbia
Um agrado ao paladar poético.
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Belo poema Raquel! Eu não consegui curtir.
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PERFEITO
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Obrigada!
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